sábado, 8 de setembro de 2012

QUANDO UMA IMAGEM FALA MAIS QUE MIL PALAVRAS



Tem coisas que nos acontecem que servem para nos preparar pra vida.

Nesta verídico relato quero dividir com vocês um pouco do que é ser amigo dos seus amigos.

Amigo só por ser, sem esperar nada em troca, como aquela lição (que deveria ser seguida por todos, sem exceção, descrita na bíblia, em Coríntios 13) que aprendemos quando criança, do livro sagrado.

Pois bem, aproveitando dessa minha “qualidade casta” fui pego, acepção literal da palavra, numa fria que não fazem ideia.

Sempre fui envolvido com música e seus desígnios naturais, enfim. 

Eis que estava eu, sem nada para fazer (naquele fatídico dia), quando recebi um telefonema de um grande amigo chamado Adriano, mais conhecido entre nós como Camargo (do Zezé de Camargo mesmo) - justamente por incorporar o personagem, no seu fiel estilo vestir – camisa apertada, gel no cabelo e, pasmem, vestindo calça 36 num corpo de 48 - e olhem que eu já vi muita bola dividida nos meus idos tempos de atleta da "pelota"..

O plano da noite era uma festa (estranha, com gente esquisita...) na casa de uma “peguete” sua!

Eu, vítima constante desse tipo de “latada” (já que nunca me convidaram, propriamente dizendo e sim minha viola), fui sem nenhuma expectativa, pois nessa parte nunca me dava bem mesmo – em toda festa só me resta a feia e o pederasta (nada contra).

Com aquela experiência que adquirira até ali, nos dirigimos ao local para conferir o fato.

Chegando lá, como de costume, o Camargo me apresentou a sua "consorte" e aos demais convidados. 

Eu, que sempre fui bom de matemática (modestamente), de imediato contei o número de presentes. 

Pra minha grata (pois em momento algum pensei que seria diferente) surpresa, percebi que havia exatamente oito pessoas (comigo), oito casais. 

De imediatopensei: “Putz!”, afinal de contas, como havia mencionado anteriormente, nunca me dei bem nestes “esquemas”.

A noite rolou, bebida, cantoria, comida e, ao final, como em toda farra, sono.

Como não estava no clima de “guerra” como proposto inicialmente pelo meu amigo, fiquei na minha, sozinho, bebendo a minha cerveja e tocando o meu violão.

Lá pelas tantas, me bateu um sono e fui procurar um canto para dormir.

Pra minha ingrata surpresa, todos os cantos possíveis estavam abitados.

Eis que vi um quarto com a porta entreaberta. 

Aproximei-me meio desconfiado, pois não tinha intenção de incomodar, já que era “amigo-do-amigo” ali.

Notei que estavam naquele recinto duas pessoas, em uma cama de casal, super-ultra-mega-power-king, e logo ao identificar os corpos ali repousados, percebi dentre eles, o do Camargo.

Não tive a menor duvida, cheguei ao seu lado e disse baixinho: -Chega pra lá!

Deitei ao seu lado, ficando no extremo canto esquerdo daquela imensa cama, deixando-o no meio e a sua parceira no outro extremo.

Atentem-se para o pequeno detalhe, deitei de camisa por dentro da calça, e sapato, para que não houvesse qualquer interpretação que afrontasse o meu espírito (digo, afim apenas de sair, beber e cantar, nada mais).

No curso da noite, quando estava exatamente em sono REM, ouvi algo, bem lá no fundo do meu ser, um barulho.

Sem me importar (o sono era muito maior) continuei ali desfrutando daquele colchão mágico, aconchegante e quentinho.

De repente ouço umas espalmadas bem altas, bem próximo de mim, e uma voz dizendo, em tom de ameaça: 

-QUE PUTARIA É ESSA AQUI NA CAMA DO MEU PAI?

Eu, naquele momento, interrompido pela minha fisiologia do meu sagrado e precioso, sono REM e quase desencarnei de tanto susto.

Impossibilitado de focar naquele vulto ameaçador, me pus imediatamente composto, já que estava literalmente composto (camisa por dentro da calça e sapato), fiz aquela cara de assustado, aterrorizado olhando ao meu lado, tentando achar o Camargo, que não estava.

Rapidamente me compus e disse àquela presença ameaçadora (a irmã mais velha da anfitriã, quem bradou em 190 decibéis) que eu não tinha nada com isso.

Eis que de repente ela puxou a coberta da moça que estava ao lado, e percebemos os dois naquele momento que a mesma estava somente de batom.

É amigos a coisa é muito mais complexa que se imagina!

Tem coisa que não tem explicação, batom na cueca, porquê os kamicazes usavam capacetes, porquê ninguém jamais viu o último episódio da "Caverna dos Dragões"  e afins.

Pensem no que passei.

Eu na minha tenra inocência, despido que qualquer sordidez, no afã tão somente de me locupletar da caridade de Morpheu, flagrado, na mesma cama, deitado ao lado de quem eu nem sabia o nome que dormia somente de brinco.

É pra "cair o cu da bunda".

É justamente nestas horas que percebemos que o poste é quem mija no cachorro e que o rabo é quem balança o elefante!

E o filho daquela "profissional das mercancias do corpo" tinha se escondido e me largado naquela LATADA!

LUCIANO MAIA

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