sexta-feira, 8 de março de 2013

A ARTE DO IMPROVISO

Dois amigos e sócios trabalhavam em salas diferentes, contudo, compartilhavam confidencias e afins.
 

Zeca, sujeito de fino trato, discreto, no entanto, empresário mais agressivo, antenado nas mudanças do mercado sempre no afã de acompanhar as alterações mercantis inerentes da sua atividade laboral.

Paulão, o outro sócio, não diferente, também discreto, porém, ligado no comportamento das pessoas, herança de sua mãe.

Certa feita, Paulão se viu obrigado a sair em uma diligencia distante do foro de sua empresa, deixando seu fiel escudeiro e parceiro responsável pelas questões habituais daquela sociedade empresaria.

Sem que houvesse chance alguma de prosseguir com os trabalhos, eis que aparece a jovem Sandra, consorte do outro proprietário daquela empresa.

Até então discreta, perante aos demais funcionários e, não diferente, do amigo e parceiro Zeca. Surge quase que num ímpeto e flerta com o amigo de seu sócio conjugal.

Constrangido, tentando desconversar, na esperança de demovê-la daquele equivoco pontual, claro, sem lograr êxito algum.

Aquela saia-justa toda, como regra, começou a interferir em seu senso de “justiça” e razão, maculando-lhe todo o discernimento.

Chega uma hora que o cara não aguenta tanta pressão.

Convencido de um convite inesperado, de tomar um aperitivo em sua casa, foram, belos e fulgurantes para a residência da moça.

Ao chegarem, ela, imediatamente, se dirigiu ao banheiro com o fito único de se refrescar (e fazer aquela visitinha ao amigo DERMACYD) já que aquela situação toda, tal como o clima, lhe elevara toda a temperatura.

Ele, cansado de bancar o bom moço, depois de uma breve debate com seu subconsciente, se dirigiu para a suíte máster, despindo-se numa velocidade supersônica, ficando somente de relógio.

Foi quando entra no mesmo habitáculo seu amigo e sócio Paulão.

Flagrando aquela cena toda, claro que o mesmo não se pos a justificar nada, pois sendo homem, o mesmo fora educado segundo a cartilha do macho, jamais explicar o inexplicável (batom na cueca, porquê “tudo junto” escreve separado e “separado” se escreve tudo junto).

Nessas horas a criatividade aflora, não obstante, me solta a “máxima” ao amigo: - estava de bobeira no escritório e, vendo o noticiário sobre a mudança brusca de tempo, pensei, POR QUE NÃO DAR O CU PRO PAULÃO?

É isso aí, o que faz o sapo pular é a necessidade, o ser humano é o único da espécie que se adapta a qualquer situação para se preservar!

Luciano Maia

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