Dois amigos e sócios trabalhavam em salas diferentes, contudo, compartilhavam confidencias e afins.
Zeca, sujeito de fino trato, discreto, no entanto, empresário mais
agressivo, antenado nas mudanças do mercado sempre no afã de acompanhar
as alterações mercantis inerentes da sua atividade laboral.
Paulão, o outro sócio, não diferente, também discreto, porém, ligado no comportamento das pessoas, herança de sua mãe.
Certa feita, Paulão se viu obrigado a sair em uma diligencia distante
do foro de sua empresa, deixando seu fiel escudeiro e parceiro
responsável pelas questões habituais daquela sociedade empresaria.
Sem que houvesse chance alguma de prosseguir com os trabalhos, eis que
aparece a jovem Sandra, consorte do outro proprietário daquela empresa.
Até então discreta, perante aos demais funcionários e, não diferente,
do amigo e parceiro Zeca. Surge quase que num ímpeto e flerta com o
amigo de seu sócio conjugal.
Constrangido, tentando desconversar, na esperança de demovê-la daquele equivoco pontual, claro, sem lograr êxito algum.
Aquela saia-justa toda, como regra, começou a interferir em seu senso de “justiça” e razão, maculando-lhe todo o discernimento.
Chega uma hora que o cara não aguenta tanta pressão.
Convencido de um convite inesperado, de tomar um aperitivo em sua casa, foram, belos e fulgurantes para a residência da moça.
Ao chegarem, ela, imediatamente, se dirigiu ao banheiro com o fito
único de se refrescar (e fazer aquela visitinha ao amigo DERMACYD) já
que aquela situação toda, tal como o clima, lhe elevara toda a
temperatura.
Ele, cansado de bancar o bom moço, depois de uma
breve debate com seu subconsciente, se dirigiu para a suíte máster,
despindo-se numa velocidade supersônica, ficando somente de relógio.
Foi quando entra no mesmo habitáculo seu amigo e sócio Paulão.
Flagrando aquela cena toda, claro que o mesmo não se pos a justificar
nada, pois sendo homem, o mesmo fora educado segundo a cartilha do
macho, jamais explicar o inexplicável (batom na cueca, porquê “tudo
junto” escreve separado e “separado” se escreve tudo junto).
Nessas horas a criatividade aflora, não obstante, me solta a “máxima” ao
amigo: - estava de bobeira no escritório e, vendo o noticiário sobre a
mudança brusca de tempo, pensei, POR QUE NÃO DAR O CU PRO PAULÃO?
É isso aí, o que faz o sapo pular é a necessidade, o ser humano é o
único da espécie que se adapta a qualquer situação para se preservar!
Luciano Maia
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