AFASTADO DA CASA DE DEUS
Nunca fui um cristão, digamos
assim, praticante.
Fomos criados aos olhos de Deus,
dentro dos preceitos morais e éticos, enfim.
Mas afinal de contas definir
essas “palavrinhas”: ética e moral é quase que uma dízima periódica. Extensa na
sua definição e infinita na sua acepção.
Ética é a ciência da Moral!
Pronto fudeu! Ficou na mesma!
Bem, livre desta “obrigação” me
formei com aqueles ensinamentos conforme as regras socialmente aceitáveis.
Esta semana me vi diante destes
dogmas (assim prefiro classificar) quando vi o meu maior ídolo, o motivo de
tudo que sou e daquilo que pretendo ser, respeitando o próximo imbuído de toda alteridade
de causar inveja em Karl Jasper, à beira da morte.
Como todo desesperado que busca
auxílio no oculto, não diferente, me pus numa conversão extrema no afã de ver
minha súplica ser acolhida.
Depois de recobrar os sentidos,
percebi, conforme minha orientação religiosa, que a fé está nas pequenas coisas, que não
precisamos expor nossas fragilidades aos formadores de opinião oportunistas que
nos fazem aquela lobotomia social, tentando nos convencer que ali está a saída.
De tendências espíritas,
consegui, não sei como, recobrar a minha consciência, minha capacidade
cognitiva e lógica, para entender que tudo que basta é sermos a própria fé, o
próprio templo.
Confesso que quase me converti
ante a tal estertor.
Assim, num coro uníssono, com
minha família acreditamos e vivemos o impossível, e hoje, tenho o meu amado
PAI, retornando para os nossos braços contrariando o improvável e a lógica
natural e de credo, de volta!
Acho que estive muito tempo “fora”
da casa de Deus! Embora tivéssemos sido orientados a fazer o bem, ainda sofremos por não esperar nada
em troca (conrínthios) pelo bel prazer de ver um sorriso e/ou
um abraço sincero de gratidão.
Perdoe Deus se estive tanto tempo
fora da sua casa, é que eu estava ocupado acalentando outrem.
Obrigado por me trazer de volta a
esperança de que meu Pai vai nos assistir por alguns anos à mais!
Luciano Maia