sábado, 6 de outubro de 2012

AFASTADO DA CASA DE DEUS


AFASTADO DA CASA DE DEUS

Nunca fui um cristão, digamos assim, praticante.

Fomos criados aos olhos de Deus, dentro dos preceitos morais e éticos, enfim.

Mas afinal de contas definir essas “palavrinhas”: ética e moral é quase que uma dízima periódica. Extensa na sua definição e infinita na sua acepção.

Ética é a ciência da Moral! Pronto fudeu! Ficou na mesma!

Bem, livre desta “obrigação” me formei com aqueles ensinamentos conforme as regras socialmente aceitáveis.

Esta semana me vi diante destes dogmas (assim prefiro classificar) quando vi o meu maior ídolo, o motivo de tudo que sou e daquilo que pretendo ser, respeitando o próximo imbuído de toda alteridade de causar inveja em Karl Jasper, à beira da morte.

Como todo desesperado que busca auxílio no oculto, não diferente, me pus numa conversão extrema no afã de ver minha súplica ser acolhida.

Depois de recobrar os sentidos, percebi, conforme minha orientação religiosa, que a fé está nas pequenas coisas, que não precisamos expor nossas fragilidades aos formadores de opinião oportunistas que nos fazem aquela lobotomia social, tentando nos convencer que ali está a saída.

De tendências espíritas, consegui, não sei como, recobrar a minha consciência, minha capacidade cognitiva e lógica, para entender que tudo que basta é sermos a própria fé, o próprio templo.

Confesso que quase me converti ante a tal estertor.

Assim, num coro uníssono, com minha família acreditamos e vivemos o impossível, e hoje, tenho o meu amado PAI, retornando para os nossos braços contrariando o improvável e a lógica natural e de credo, de volta!

Acho que estive muito tempo “fora” da casa de Deus! Embora tivéssemos sido orientados a fazer o bem, ainda sofremos por não esperar nada em troca (conrínthios) pelo bel prazer de ver um sorriso e/ou um abraço sincero de gratidão.

Perdoe Deus se estive tanto tempo fora da sua casa, é que eu estava ocupado acalentando outrem.

Obrigado por me trazer de volta a esperança de que meu Pai vai nos assistir por alguns anos à mais!

Luciano Maia

SIMPLES ASSIM


SIMPLES ASSIM

Amo as pessoas pelo simples fato de serem
As amo pela piada, pelo astral, por me distraírem da realidade
Amo estar junto, pela confraternização nefasta
As amo por não terem

Não obstante, me agrupo por afinidade
Discuto, discordo, não transijo
Mas me sinto à vontade, posso ser eu
Assim me conforta poder ter autenticidade

É foda já que a natureza humana sempre me contraria
Porém, como dantes dito, gosto só por serem
Confesso que ainda não aprendi a conviver com a falta de lealdade e gratidão
Mas faço a minha parte, o resto Jesus me guia

Este sou eu

“Sou como eu sou
Pronome pessoal intransferível
Do homem que iniciei
Na medida do impossível” (Torquato Neto)

Luciano Maia